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"Mas Tisa, nossa! Você vai escrever todo dia?????????"
Não, caro(a) amiguinho(a). Como eu disse anteriormente, mensalmente eu escreverei cerca de três posts, geralmente com uma semana de intervalo, ou talvez até mais. Tudo vai depender da minha disposição e da velocidade das minhas leituras. Porém, entretanto, todavia... Por enquanto, sim, o meu blogzinho lindo terá magníficos quatro dias seguidos!


Agora vamos ao que interessa.


Como os bons observadores já perceberam, o livro da vez é, na verdade, uma graphic novel (ou HQ, ou quadrinhos, como preferir), e é intitulado de Coraline. Escrito pelo Neil Gaiman, porém, adaptado e ilustrado por um moço chamado P. Craig Russel. A HQ é desenvolvida em 186 páginas.
A impressão-pessoal/resenha/maçã de hoje será dividida em dois tópicos: 1. não curti e 2. curti, e como eu sou o tipo de pessoa que prefere o "morde e assopra", ao invés do "assopra e morde", começarei mordendo.




1. não curti

Não sou uma grande especialista em HQs - na verdade, sou bastante iniciante nesta vertente literária -, mas preciso dizer que, na minha visão de ignorante, as ilustrações deixaram bastante a desejar.

Os desenhos são ordinários e não parecem se esforçar para passar o terror-infantil (se existe esse termo? não sei, mas pareceu se encaixar bem) presente em cada situação, deixando bastante a desejar no quesito Representar A História.
Não sei se, talvez, eu esteja sendo muito exigente, mas é que Coraline foi o meu primeiro quadrinho de alguma história do Gaiman após a leitura de Sandman (ainda não terminei, falta só o finalzinho), e como quem já leu Sandman sabe: é fantástico. As ilustrações de Sandman parecem complementar a história de uma forma deveras especial, trazendo informações e impressões que seriam bem difíceis de serem percebidas com uma leitura comum. Já Coraline, bom... Imagino que a leitura do livro comum seja muito melhor, mas ainda não tive o prazer de fazê-la, e nem de assistir o filme. Ambos estão na minha lista.
Ah, mas preciso dizer que, apesar das ilustrações serem fracas e pouco fantasiosas para o conteúdo da história, eu senti medo. Aqueles personagens com olhos de botões realmente me deixaram apreensiva.


Também não curti o final da história. Ele tinha tudo para ser bom, mas um pequeno detalhe me incomodou demais: como a Coraline não pensou em amarrar uma cordinha na chave? (juro que esse spoiler só fará sentido quando você chegar nessa parte da história, então não precisa ficar com raiva de mim) Não é impossível que a coisinha consiga sair, levando a chave, do tal lugar que caiu - na verdade, acho bastante possível até. Coraline, que uma menina tão esperta que foi capaz de encontrar diversas soluções pros problemas, não pensou em tomar o cuidado especial de manter a chave sempre com ela.

2. curti

A história é inocente, delicada e infantil, não obstante, assustadora. Eu, uma adulta de 20 anos, fiquei me cagando na hora de dormir - e ainda tive pesadelo - após o término da leitura. É, com certeza, algo que o Gaiman escreveria. Ainda não li muitas coisas dele, mas após ler O Oceano no Fim do Caminho, eu consegui perceber um paralelo que enche meu coração de sentimentos bons: ambas as leituras são regadas de inocência. Coraline (assim como O Oceano no Fim do Caminho) é exatamente o tipo de coisa que eu consigo imaginar se passando na cabeça de uma criança que está entediada numa tarde chuvosa, ou que saiu no quintal atrás de alguma aventura.
O impossível é gostoso de ser lido, ainda mais quando ele é visto e presenciado por uma criança, pois para elas o impossível sempre é possível. Essa coisa de irrealidade é adulta demais, e, graças à Deusa, crianças são imunes a essa divisão que dita o que é de verdade e o que não é.
Já percebeu que, nesse tipo de história, os adultos nunca ficam sabendo das aventuras que aconteceram? Continuam vivendo suas vidas ordinárias, totalmente alheios à magia que é narrada? Pois é, é disso que eu tô falando. Nós, adultos, não enxergamos - e nos achamos Demais por isso - a doçura e a possibilidade-impossível das coisas, e isso torna os nossos dias amargos e recheados de drogas de todos os tipos, e histórias como Coraline explicitam isso com uma delicadeza linda.
Dizem que é livro pra criança, mas te falar que eu acho que se mais adultos lessem e buscassem absorver o que a história passa, o mundo talvez fosse um lugar mais agradável.
Ultimamente, um dos meus maiores desafios tem sido continuar, dia após dia, relembrando a mim mesma que não tem nada de errado em sonhar e ser inocente, e que se os outros não são assim, o problema está neles, e não em mim. O mundo é um lugar cruel, mas não é por isso que temos que nos render tão fácil à crueldade também.
Enfim, que essa resenha seja um ode a mais histórias como Coraline no mundo, e que façam mais pessoas refletir, como me fez.

Obrigada por ler até aqui.
Um abraço!



4 Comentários

  1. Não conheço essa HQ, mas amo o livro e o filme. São fantásticos!! O filme não deixou muito a desejar, o que é raro. Sou fraca em HQs, mas 2015 comecei a lê-las e pretendo ler mais esse ano! :D

    Infinitos Livros

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  2. Te falar que eu assisti o filme esses dias e ele foi muito abaixo das minhas expectativas. :(
    Ele realmente é fantasioso e bonito, assim como eu imaginei, entretanto, careceu de terror. Mas, claro, essa é a minha opinião hahah Como eu li a HQ antes e ela é meio macabra, eu esperei pela mesma sensação no filme. Agora, só falta a leitura do livro.
    Também não sou muito de HQs, mas essa edição é tão linda (em relação à capa dura e à qualidade) que eu fiz questão de ter (e ler), rs.

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    Respostas
    1. Ah, então tire a HQ da cabeça. Pq o livro é levemente assustador, mas não é muito macabro não. Segue mais ou menos a linha do filme. Depois que você ler me conta o que achou! Eu até tenho gostado muito de HQ agora. Comprei várias na FIQ que teve aqui em BH! :D

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    2. Eu tinha visto umas ilustrações do livro e achei elas meio bizarras, então pensei que o livro seguisse essa sensação hahahah
      Eu sou meio chata com HQs, elas têm que realmente chamar muito minha atenção

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